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“Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho”

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terça-feira, 2 de julho de 2013

Projetos de fanfarras ajudam jovens a ficar longe das ruas e do crime

Ensaio da Fanfarra da Escola Municipal Teodoro Sampaio, a Famesa

Parte importante da tradição da festa da Independência das Bahia, as fanfarras escolares fazem os últimos ajustes para o desfile do dia 2 de Julho. Além de serem uma atração sempre muito esperada do desfile, esses grupos de música e dança, em muitas comunidades, têm capacidade de mudar vidas de pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social.

Um exemplo é a Fanfarra da Escola Municipal Teodoro Sampaio, a Famesa, que reúne 80 crianças e jovens do bairro da Santa Cruz. Sob a batuta do maestro Balduíno Fernandes, mais conhecido como Mister Ball, os meninos aprendem não só a tocar, mas a importância do respeito e da disciplina.

De acordo com Mr. Ball, a fanfarra, criada em 2007, é formada, prioritariamente, por alunos da escola, mas conta também com a participação de moradores da comunidade. Seu objetivo é claro: atrair os jovens, através de música, para afastá-los das drogas e do crime. “Exigimos não só que o jovem tenha um bom desempenho em sala de sala. Ele também tem que respeitar seus pais, os professores, funcionários e colegas da escola”, afirma o maestro.

Por conta disso, hoje muitos participantes da banda têm um comportamento bem diferente do que apresentam antes de fazer parte do projeto. É o caso de Rodolfo Santana, 18 anos, ex-aluno que continua integrando a fanfarra. “Eu era realmente terrível. Não ficava na sala de aula, quebrava as lâmpadas da escola e brigava com todo mundo. Minha vida mudou depois que comecei a tocar na fanfarra. Agora, meu sonho é ganhar a vida como músico”, conta Rodolfo.

Outros optam desde cedo por fazer parte por influência de parentes e amigos. Integrante do corpo de dançarinos da fanfarra, Roseane Gonzaga, 10 anos, começou tocando prato aos 7 anos, depois que viu irmã e a prima se apresentando na banda. “Agora eu gosto mais das coreografias. É muito bom quando a gente se apresenta para o público, como vai acontecer no desfile do 2 de Julho”, conta.

A banda é que das que mais se destacam no desfile da Independência, mas, segundo o maestro, o que importa mesmo é o impacto na vida dos jovens, crianças e suas famílias. “Não tenho preocupação de ganhar concursos, competições. Nosso trabalho aqui é, principalmente, mostrar a essas crianças e jovens que eles podem ter uma vida longe das ruas e do tráfico”, enfatiza Mr. Ball.

Além da Famesa, outras oito fanfarras de escolas municipais, com projetos semelhantes, estarão desfilando no 2 de Julho, somando um total de 900 alunos.

Um comentário:

Rua principal de Jucuruçu - Bahia, 3 de março de 2024.

Jucuruçu - Bahia. Pedaço bom do Brasil.