Delegado André Luiz Serra, que comandou 8ª Coorpin de Teixeira de Freitas, foi morto enquanto comia acarajé no centro de Ipiaú
Deve ser transferido até o final da tarde desta quarta-feira (18) para o presídio Ariston Cardoso, em Ilhéus, José Filho Cavalcante de Souza, de 28 anos, acusado de participação no assassinato do delegado André Luiz Serra, em 29 de outubro de 2009, em uma via pública na cidade de Ipiau, onde o mesmo chefiava a Polícia Civil. O delegado André Serra, antes de ser transferido para Guanambi e depois Ipiaú, havia chefiado a 8ª Coorpin de Teixeira de Freitas.
Segundo informou a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP/BA) José Filho Cavalcanti, acusado de ajudar a matar André Luiz Serra foi preso por uma equipe de investigadores da 7ª Coordenadoria Regional de Policia do Interior (Coorpin/Ilhéus) no povoado de Tremembé, em Maraú, na última sexta-feira (13/9). Segundo o delegado André Aragão, atual coordenador da 7ª Coorpin, José Filho foi preso em cumprimento a um mandado de prisão pelo homicídio, mas os policiais também encontraram com ele 2 kg de maconha.
De acordo com Aragão, o acusado nega envolvimento na morte do delegado. “Ele nega tudo, apenas confirma que estava traficando a maconha”, disse o coordenador. O delegado André Serra trabalhava em Ipiaú, quando foi morto com dois tiros nas costas no centro da cidade. Testemunhas contaram na época que dois homens chegaram em uma motocicleta, atiraram no policial e fugiram em seguida. O delegado morreu na hora. José Filho estaria pilotando a moto.
Além de José Filho, Magno Nogueira e o delegado José Nélis Araújo, esse último que também já comandou a 8ª Coorpin de Teixeira de Freitas, foram acusados pelo crime. Magno morreu 12 dias depois em confronto com a polícia, já o delegado Nélis responde ao processo em liberdade.
Os dois delegados, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), se tornaram desafetos por conta da investigação do homicídio do ex-deputado Maurício Cotrim, crime ocorrido em 2007.
As mortes de Maurício Cotrim, da viúva dele Regina Cotrim, do empresário Estácio da Silva Gomes e do seu filho João Paulo Gomes da Silva, além de pelo menos outros três assassinatos que estariam ligados às mesmas motivações, ainda continuam insolúveis.
(Por Ronildo Brito)
Nenhum comentário:
Postar um comentário