Aqueles que estão de partida do PDT preferem não falar em rusgas e apenas apontam que estão em busca de um novo caminho. Já quem vai ficar no partido adota o discurso de fortalecimento da legenda e “sucesso” para os dissidentes. A saída iminente de todos os parlamentares federais baianos pedetistas é minimizada pelo deputado estadual Marcelo Nilo.
Em entrevista ao Bahia Notícias, o presidente da Assembleia Legislativa “desejou boa sorte” para os futuros ex-colegas, mas garantiu que a legenda “continua forte”. No entanto, ele não negou que a perda de representantes no Congresso é ruim. “O PDT é um partido consolidado na Bahia, onde tem um senador [João Durval], um suplente de senador [Nestor Duarte, que ocupa o cargo de secretário de Administração Penitenciária], elegeu quatro deputados federais e até agora um saiu.
Tem cinco deputados estaduais [Euclides Fernandes, João Bonfim, Roberto Carlos, Marcelo Nilo e Paulo Câmera, que está licenciado desde que assumiu a pasta de Ciência e Tecnologia], 43 prefeitos e o presidente da Assembleia. Óbvio que deputado é sempre importante, mas muito mais importante é o povo e o partido. Para quem saiu desejo sucesso. O importante é a próxima eleição. Na última o PDT saiu de um para quatro deputados federais de dois para cinco estaduais”, ressaltou.
Outro assunto bastante comentado dentro do PDT é a candidatura de Nilo ao governo da Bahia. O presidente da Assembleia não esconde que quer ser o indicado do governador Jaques Wagner (PT), mas membros das cúpulas nacional e estadual pressionam para que ele aceite ser o candidato pedetista “de qualquer jeito”. “Eu respeito muito a posição dos companheiros, mas quero ser candidato com apoio dos 14 partidos [da base de Wagner]. Se em fevereiro me apresentarem candidato mais forte e viável, sentamos para conversar. Se eu chegar em fevereiro mais forte, quero o apoio.
Estou convencido de que sou o mais forte da base, pelas relações que construir com os partido aliados”, disse. O deputado negou que tem colocado uma pressão excessiva no governador com as constantes declarações de que quer “a caneta” do chefe do Executivo e ainda minimizou a afirmação do deputado federal Zezéu Ribeiro (PT-BA), que garantiu ao BN algo que circula nos bastidores há algum tempo, que o chefe da Casa Civil do Estado, Rui Costa, é o escolhido de Wagner.
Nilo negou até que o governador tenha definido que o candidato será petista. “Ele tem dito que tem muitos nomes na base e que vai escolher o que for mais viável. Zezéu é deputado do PT e claro que vai trabalhar pelo PT. Cada partido trabalha a sua candidatura”, finalizou o presidente da AL-BA, que admitiu estar viajando quatro vezes por semana para o interior baiano, atrás de apoio e votos. (Bahia Notícias).
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