Autora de duas Propostas de Emenda Constitucional (PECs) que tratam do voto aberto, a deputado estadual Luiza Maia (PT) não está nada satisfeita com a arrumação que foi feita na Assembleia para votação da questão na terça-feira (10). Conforme antecipou o Bahia Notícias, o acordo entre oposição e situação é para deixar três tópicos de fora, mantendo o voto secreto para vetos do governador, eleição da Mesa Diretora e indicação de conselheiro para o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Luiza Maia procurou o BN para explicar que desde 2011 tenta aprovar o voto aberto na Casa Legislativa, mas teve a primeira PEC derrubada com apenas oito votos favoráveis e a PEC 126/2012 está travada na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ). “Todo dia peço a Marcelo Nilo [presidenta da Assembleia] para colocar em votação. Ele me disse que é melhor votar minha PEC com as três emendas supressivas, do que a Mesa fazer outro projeto. Então, vão tirar esses três pontos”, explicou.
No entanto, a deputada criticou o acordo costurado entre os líderes da oposição e do governo (o qual ela integra), Elmar Nascimento (sem partido) e Zé Neto (PT), além do próprio Nilo. “Eu acho um absurdo, discordo do que estão falando. Fui presidente da Câmara de Camaçari por dois mandatos e fizemos tudo isso lá, uma coisa tranquila. Acho que o poder precisar ter transparência. Como pode ter medo do governador?
É a confirmação da dependência do Legislativo do Executivo”, disparou. E as críticas da petista não pararam por aí. Luiza Maia voltou a afirmar que a Assembleia precisa trabalhar com “independência” e garantiu que aceitou apenas temporariamente o acordo feito pela maioria. “Assim que aprovar, vou entrar de novo pedindo para votar [a abertura dos três tópicos]. Sou insistente”, prometeu.
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