Para Lanza, autor do livro “Biocentrismo: Como a vida e a consciência são as chaves para entender a verdadeira natureza do Universo”, a vida é apenas uma atividade do carbono e uma mistura de moléculas que dura por tempo determinado.
O professor da Faculdade de Medicina da Universidade Wake Forest, Carolina do Norte concorda que, quando nosso corpo morre, logo se decompõe. Mas essa ideia de “morte” existe apenas porque há milhares de anos ensina-se que morremos. Afinal, nossa consciência associa a vida à existência do corpo.
Segundo o biocentrismo defendido por Lanza, a morte não dever ser vista como algo definitivo, o fim de tudo. Quando o ser humano entender que o espaço e o tempo são convenções, não existem realmente, poderemos ver o mundo como ele é, sem limites espaciais ou lineares. Para ele e outros físicos teóricos, nossa “mistura de moléculas e atividade do carbono” volta para o Universo, onde continua existindo, mas como parte dele.
Um dos teóricos do chamado universo biocêntrico, ele explica que a biologia e a vida real originam o universo, e não o contrário. Para citar um exemplo, Lance diz que, quando uma pessoa vê o céu, diz que é da cor azul, mas não significa que o céu seja azul, apenas o percebemos assim.
Nossa consciência dá sentido ao mundo e pode ser alterada, mudando nossa interpretação da realidade. Ou seja, espaço e tempo são apenas “ferramentas mentais”. Logo, a morte e a ideia da imortalidade podem coexistir num mundo sem limites ou espaço linear.
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