A jovem contou para Renato que pretendia assassinar o pai e marcou com Renato, um encontro em uma funerária, próxima da casa da vítima.
Na madrugada da última quarta-feira(9), Jilmar Antônio Gomes dos Santos de 43 anos, foi assassinado a facadas pela própria filha, Bianca Cintra dos Santos de 18 anos, enquanto dormia no quarto de sua residência, localizada na rua Alto São Vicente.
Em depoimento a PM, Bianca disse que esteve em um aniversário na noite de terça-feira (8), ingeriu muita bebida alcoólica e se dirigiu para a Praça da Prefeitura por volta das 20h, local onde encontrou Renato dos Santos de 51 anos, ex-namorado da mãe Rita de Cássia Cintra dos Santos, 42 anos. A jovem contou para Renato que pretendia assassinar o pai e marcou com o acusado, um encontro em uma funerária, próxima da casa da vítima.
Ao chegar no local combinado, os dois se dirigiram até a casa de Jilmar. Bianca foi até a cozinha, pegou uma faca e entregou a Renato dizendo que não mataria mais o pai, pois estava sem coragem e acusa o ex-namorado da mãe de ter desferido os golpes de faca.
Porém Renato contesta a versão da jovem e relata que ficou em frente a residência enquanto a filha assassinava o próprio pai a sangue frio e que a mãe de Bianca tinha conhecimento que a filha cometeria o crime. Segundo ele, ao terminar o “serviço”,a jovem entregou a faca em suas mãos. Assustado, ele alega que saiu correndo e deixou a faca usada no crime próximo a uma lanchonete, arma essa que não foi localizada pela polícia.
Rita diz que não sabia do crime
Rita, mãe da acusada e esposa da vítima, disse a polícia que a filha e o pai não tinham uma boa convivência e sempre estavam discutindo. Relatou que na semana passada, ambos entraram em vias de fato. Ainda de acordo com a mãe de Bianca, Jilmar agredia a jovem fisicamente. Sobre a acusação de que sabia do crime, Rita se diz inocente. Alega que na noite do ocorrido dormiu em outro cômodo, ingeriu seus remédios de rotina, que toma há 10 anos e a faz dormir profundamente.
Ao relatar o fato, diz que por volta das 2h da manhã de quarta (9), foi acordada com gritos da filha ensanguentada e o esposo no quarto agonizando.Ao presenciar a cena, correu para pedir ajuda. A SAMU esteve no local, mas Jilmar estava sem sinais vitais.
Antes de seguir para Senhor do Bonfim, Renato, mais conhecido como “Renato do Karatê” falou ao site local que estava arrependido e envergonhado em relação a sua profissão de professor de Karatê.
“Essa participação foi involuntária. Eu não programei nada, não pensei nada, não imaginava que isso iria acontecer. Meu pensamento foi ajudar a entrar dentro da casa, pular o muro. Não entrei, fiquei do lado de fora. Eu não vi, só escutei os gritos. Depois ela me passou a faca e eu sai correndo. Deixei a faca no banco da Praça da Lanchonete Central. O meu lado profissional acabou, agora eu vou pensar quando eu sair (Prisão) e como viver a minha vida e nem sei ainda, pois não foi um lado que parei para pensar.
Ainda não caiu a ficha, não sei quanto tempo vou ficar preso. Eu sou um participante involuntário por que coloquei ela para pular o muro, ela subiu nas minhas costas e não tenho o que negar, e claro que não execute, porém sou participante involuntário. Eu tô arrependido, pois se eu não tivesse levantado da minha cama, estaria livre.
Sei que elas também estão e depois que cai a ficha, a gente se arrepende de tudo. Estou muito triste pela minha família, estou magoado. Vi minha cunhada desmaiando lá na Gameleira quando fui preso e isso dói, só não se arrepende quem não tiver coração e eu estou muito arrependido sim”, disse o acusado.
O DPT, juntamente com a PM, removeu o corpo da vítima para o IML de Senhor do Bonfim, onde passou por necropsia e foi liberado no inicio da noite da última quarta-feira (09). O sepultamento ocorreu nesta quinta no Cemitério São João Batista em Jaguarari.
Rita e a filha Bianca foram encaminhadas a cadeia pública do município de Antônio Gonçalves, já Renato foi apresentado no complexo policial em Senhor do Bonfim, onde ambos se encontram presos à disposição da policia./Portal de Jaguarari
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