O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva participou nesta quinta-feira (27) da reunião do comando nacional
do PT. No encontro, Lula se disse confiante e preparado para o depoimento que
prestará no dia 10 ao juiz Sergio Moro. O ex-presidente disse ainda que deseja
que seu depoimento seja amplamente divulgado para evitar, segundo ele,
"vazamentos seletivos".
Afirmou também que não
"barganhará" com Moro, abrindo mão de suas testemunhas de defesa.
Segundo dois participantes, Lula afirmou que o adiamento de seu depoimento,
anteriormente previsto para o dia 3, é uma demonstração de falta de provas
capazes de sustentar sua condenação. Ainda segundo participantes, Lula disse
que os agentes públicos responsáveis pela Lava Jato fizeram operações em sua
casa e no apartamento de parentes em busca de provas de enriquecimento. Mas se
frustraram.
Lula tentou tranquilizar os
petistas quanto ao potencial explosivo de um depoimento do ex-ministro Antonio
Palocci, dizendo ser ele um amigo de quem não tem medo. O ex-presidente disse
que não participará do ato desta sexta-feira (28). Segundo o deputado estadual,
Rogério Corrêa, Lula "também repetiu que quer ir depor para mostrar mais
uma vez que saiu da presidência como entrou: sem enriquecimento, sem conta no
exterior, com dignidade e ética".
Preocupado com as disputas internas,
Lula decidiu participar da reunião do comando partidário com a tarefa de
debelar crises. Após pouco mais de uma hora de reunião, deixou a sede do PT com
um recado: "Ainda bem que vocês vão resolver isso e poderão discutir
coisas mais importantes".
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