Paralisações
devem atingir desde transportes até delegacias por todo o País
Às vésperas das votações das
reformas trabalhista e da Previdência, o País enfrentará o segundo dia de greve
geral do ano. O movimento foi convocado por oito centrais sindicais e diversas
categorias já indicaram que vão mobilizar trabalhadores para que cruzem os
braços nesta sexta-feira (28).
Veja a seguir quais serviços
poderão ser afetados com a paralisação.
Professores
Anunciaram paralisação
sindicatos de professores de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de
Janeiro (município e região) e Distrito Federal (estabelecimentos
particulares).
A greve também deverá ter
participação de trabalhadores ligados ao Sinasefe (Sindicato Nacional dos
Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) e ao Andes
(Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).
Servidores municipais de São
Paulo
Serviços ligados à Prefeitura
de São Paulo deverão ser afetados com a paralisação, conforme anunciou o
Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no
Município de São Paulo).
O sindicato também protesta
contra o governo de João Doria. Segundo a entidade, passados mais de cem dias,
o prefeito não apresentou qualquer resposta às reivindicações da categoria.
Saúde em SP
Trabalhadores da Saúde do
Estado de São Paulo prometem participar do dia de paralisações, de acordo com o
SindSaúde-SP (Sindicato dos Trabalhadores Públicos na Saúde do Estado de São
Paulo).
No entanto, não há até o
momento uma previsão de quais serviços poderão deixar de ser prestados com a
greve.
Judiciário
Serviços do Judiciário e do
Ministério Público poderão ser afetados em alguns Estados. Quem tiver qualquer
compromisso marcado deve consultar os órgãos com antecedência.
A adesão de trabalhadores de
tribunais e fóruns da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Pará já está
confirmada.
Aeronautas
Pilotos e comissários de voo
já estão em estado de greve. Na quinta-feira (27), a categoria vai fará uma
assembleia para decidir se cruza os braços na sexta-feira.
O Sindicato Nacional dos
Aeronautas critica pontos da reforma trabalhista, especialmente o trabalho
intermitente e a demissão por justa causa em caso de perda de licenças ou
certificados.
“Justamente em um momento de
fragilidade do aeronauta, em que ele perde uma licença, ou por exame médico ou
para voar em uma determinada aeronave, ele seria demitido, sem direito ao saque
do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço], aviso prévio”, diz o
presidente do sindicato, Rodrigo Spader.
Trens e metrô em SP
Em São Paulo, metroviários
também vão votar na quinta-feira (27) uma paralisação total de 24 horas.
A previsão é que sejam
paralisadas as operações nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 5-Lilás, e no
monotrilho da linha 15-Prata. A exceção é a linha 4-Amarela, que é privada.
Funcionários da CPTM
(Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também programam paralisar ao
menos quatro linhas: 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira.
O sindicato que representa
trabalhadores das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda se reúne hoje para definir se
adere à greve.
Rodoviários da Grande SP
Sindicatos que representam
trabalhadores de empresas de ônibus da Grande São Paulo programam uma
paralisação por 24 horas na sexta-feira.
Deverão ser afetados serviços
na capital e nas seguintes cidades: Arujá, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu,
Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba,
Juquitiba, Mauá, Osasco, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André,
São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, Taboão da
Serra, Vargem Grande Paulista.
Rodoviários do RJ
No Rio de Janeiro, o
Sindicato dos Rodoviários também realizou assembleia ontem em que a maioria
optou pela paralisação na próxima sexta-feira, segundo a CUT (Central Única dos
Trabalhadores).
Bancários
O funcionamento de agências
bancárias também deve ser afetado pela greve, já que funcionários do setor
decidiram cruzar os braços em alguns Estados. Piauí, em Londrina (PR) e em
Jundiaí (SP) já confirmaram adesão ao movimento.
A Contraf (Confederação Nacional
dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) ainda não tinha, até esta terça-feira, um
balanço de quantos sindicatos votaram pela paralisação.
Metalúrgicos
Hoje, sindicatos ligados a
cinco centrais (CUT, Força Sindical, CTB, CSP-Conlutas e Intersindical) promoveram
atrasos no início do expediente em diversas fábricas em São Paulo, Santa
Catarina, Minas Gerais e Goiânia.
O movimento deverá ganhar
mais força na sexta-feira, segundo as centrais.
Polícia
No PR, SP e MG, os policiais
civis já informaram que vão cruzar os braços e só atenderão ocorrências de
emergência. Sindicatos de outros Estados também foram convocados pela Cobrapol
(Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis) para aderir ao
movimento.
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