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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Polícia encontra um galo de macumba ao invés de um corpo humano durante exumação no Cemitério de Itabatã

Objetivando esclarecer dúvidas sobre uma Certidão de Nascimento dando acento a um garotinho de 1 ano e 3 meses, de nome Adilson Caetano Pinto da Silva que teria morrido e sepultado no último dia 20 de outubro no Cemitério de Itabatã, a Polícia Civil do município de Mucuri requisitou a exumação do possível cadáver. Contudo, a surpresa foi grande, os peritos criminais e os médicos legistas até encontraram enterrado um caixão infantil, cor branca, mas dentro da urna, ao invés de um corpo humano, foram encontrados um galo de penas pretas, 3 corações de boi em estado de putrefação, velas vermelhas e pretas, uma fotografia 15x20 já desbotada e uma camiseta na cor goiaba.


A mototaxista Edileuza Pinto da Silva, 30 anos, foi a mentora da infração que com ajuda de outras duas pessoas, fez o enterro no Cemitério de Itabatã, distrito do município de Mucuri. No sábado do dia 19 de outubro, ela foi ao Cemitério e providenciou a abertura da cova, mas não compareceu para o enterro às 18h. No domingo, dia 20, retornou ao Cemitério e remarcou o enterro para às 18h e como voltou a não comparecer, o coveiro foi embora, mas ele terminou abordado e convencido que os próprios parentes do suposto defunto fariam o enterro com os instrumentos do profissional e no dia seguinte lhe entregaria a guia de sepultamento e como se tratava de pessoas conhecidas, o coveiro confiou.

Mas no dia seguinte, na segunda-feira (21/10), o assistente social e administrador do Cemitério, José Maria Silva, descobriu o vacilo do seu coveiro e exigiu a guia de sepultamento com extrema urgência. Uma vez pressionada pelo coveiro, a mulher teve que correr atrás para providenciar o documento. Primeiro conseguiu fazer um registro de Certidão de Nascimento do menino como filho sem pai, no mesmo dia 21 de outubro, dia seguinte ao suposto sepultamento da criança, no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Itabatã, mas para conseguir a guia de sepultamento, ela precisava do atestado de óbito do Cartório de Registro Civil da comarca.

E para obter o óbito ela precisava provar o falecimento do menino por meio de um laudo médico sobre a causa morte do filho e como a criança nunca existiu, então ficou difícil provar a existência civil de alguém que nunca morreu. Mas a falsa mãe foi ainda mais longe, conseguiu duas pessoas para testemunhar no Cartório a seu favor sobre o falecimento fictício da criança que teria sido vítima de morte natural numa fazenda do município. Mas nas declarações todos eles foram confusos nas versões, que não bateram e nem convenceram aos cartorários e o fato acabou virando caso de polícia.
Primeiro o fato chegou ao conhecimento do Ministério Público e do Poder Judiciário na comarca de Mucuri. O delegado Charlton Fraga foi designado para investigar o caso e descobriu que a mulher nunca esteve grávida e este filho nunca existiu, tanto que a motociclista já havia feito cirurgia de laqueadura há 10 anos. E na exumação para se conhecer que objeto foi enterrado no Cemitério, os peritos revelaram que tratava-se de um enterro de bruxaria, ou seja, a mulher foi parte de um ato de magia negra num trabalho de macumba.
Pelo feito ilícito, a mototaxista Edileuza Pinto da Silva, está sendo indiciada pelo delegado Charlton Fraga, da Polícia Civil de Mucuri, em dois crimes e se condenada pela justiça poderá pegar de 2 a 6 anos de prisão por crime de promoção no registro civil a inscrição de nascimento inexistente (art. 241 CP) e de 1 a 5 anos de prisão por crime de falsidade ideológica (Art. 299 CP)./ Por Athylla Borborema

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