Thalles comemora com companheiros um dos seus dois gols no Maracanã neste sábado
O Vasco estará na Série A do Campeonato Brasileiro de 2017, mas a sua torcida sofreu no Maracanã. Uma atuação muito ruim do time cruz-maltino irritou a arquibancada lotada, que vociferou contra o presidente Eurico Miranda e se viu obrigada a comemorar gols do modesto Oeste contra o Náutico, com o Ceará vencendo por 1 a 0 - gol de Eduardo - nos primeiros 45 minutos. A mexida de Jorginho no intervalo lançando a equipe ao ataque deu certo - Diguinho foi trocado por Eder Luis - e os dois gols de Thalles antes dos cinco minutos da etapa final encerraram o drama. Mesmo sem apresentar um bom futebol, o acesso foi tranquilo, e o terceiro lugar na classificação geral foi assegurado com o tropeço do Bahia.
Thalles mostrou mais uma vez poder de decisão e não sentiu a pressão do Maracanã lotado vaiando a atuação muito ruim do Vasco no primeiro tempo. Relegado em um clube que buscou de todas maneiras no mercado um nome de consenso para sua posição, o jovem foi o escolhido no desespero e deu conta do recado. Com sete gols na competição, o atacante foi responsável direto pelos últimos 10 pontos do Vasco. Além dos dois gols neste sábado, Thalles marcou no 1 a 0 sobre o Paraná, abriu o placar no 1 a 1 com o Luverdense, e repetiu a dose no 2 a 1 diante do Bragantino, além de sofrer o pênalti convertido por Nenê.
Iniciada a partida, com o Vasco então na Série A, a torcida que lotou o Maracanã mostrava total confiança e cantava sem parar, vaiando cada toque na bola dos jogadores do Ceará. O time de Jorginho tentava corresponder em velocidade, mas esbarrava em uma marcação bem ajustada do rival, que ameaçava mais embora sem criar chances reais de gol. O primeiro sinal de tensão foi aos seis minutos. Bill se estranhou com Rodrigo em uma disputa, Rafael Marques chegou empurrando, e tudo foi resolvido no papo. Aos 11, a primeira chance. Cruzamento de Nenê que Mádson ajeitou para Thalles girar e bater. Boa defesa de Éverson. Quatro minutos depois, em outro cruzamento, por pouco Eduardo não corta contra a própria meta.
Em contra-ataque rápido, o Ceará chegou a ter cinco contra três do Vasco, mas não aproveitou. Logo depois do anúncio do gol do Náutico, um susto. Em novo contragolpe, Felipe Menezes forçou Martin Silva a defesa em dois tempos. E o goleiro teve de salvar o Vasco de novo em tentativa de Wescley. Foi por muito pouco. E, mesmo com a derrota parcial do Náutico, a torcida vascaína se calou. Parecia perceber o que estava por vir: na sequência, Eduardo, em um chute aparentemente despretensioso de muito longe, achou o canto e abriu o placar: 1 a 0. Aos 35, Felipe fez o que quis na frente da área do Vasco, perdido em campo, e bateu para fora. O primeiro tempo terminou sob vaias, mas relativa tranquilidade, com a vitória parcial do Oeste sobre o Náutico.
No segundo tempo, o Vasco veio com tudo. Jorginho trocou Diguinho por Eder Luis e mandou o time para frente. Deu certo. Logo aos dois minutos, falta cobrada por Andrezinho, e a bola sobrou para Eder Luis. No rebote, Thalles empatou a partida: 1 a 1. A virada foi rápida. Thalles, de novo, de cabeça, aos quatro minutos, após uma cobrança de lateral de Mádson para a área. Aos sete, um susto. Wescley, de cabeça, na pequena área, só foi parado pelo travessão.
O Ceará continuou a tentar ir para cima e igualar o placar, mas encontrava agora um time um pouco mais arrumado - e mais ofensivo - à frente. O time nordestino até dominava as ações, mas não conseguia ameaçar de fato, enquanto o Vasco tinha o cronômetro - e os gols do Oeste em Pernambuco - ao seu lado. Aos 34, Rafael Costa perdeu de cabeça cara a cara com Martin Silva. Ainda houve tempo para a expulsão de Valdo, gritos de "fora, Eurico", e comemoração com luzes de celulares para registrar o momento, que teve mais vaias como trilha sonora.
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