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sábado, 18 de março de 2017

Consumo de carnes impróprias para consumo pode levar à morte


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Após a descoberta de um esquema de fraudes para a venda de carne imprópria para consumo pelos maiores frigoríficos do país, a preocupação se volta para a saúde da população. Segundo o médico, Luis Fernando Correia, comentarista ddo boletim "Saúde em foco" da CBN, as consequências mais diretas do consumo de produtos nesta condição são as infecções gastrointestinais.

“A carne que está sendo processada é um material vivo. Com isso, se não for manipulado com cuidado, se não for armazenado de maneira adequada, bactérias vão se instalar, se reproduzir, e produzir toxinas, que podem causar quadros imediatos, ou ainda pior, se instalar no intestino, e causar quadros diarréicos muito intensos. Se o paciente tiver a saúde mais frágil, pode, inclusive levar à morte”.  

Como as carnes vêm embaladas e seladas, é muito difícil se precaver desse tipo de problema. No caso de outras substâncias misturadas à carne, como o papelão, é possível perceber algo de diferente, mas, em geral, não dá para identificar o problema, segundo o médico.

CARNE DE CABEÇA E PAPELÃO

Gravações telefônicas obtidas pela Polícia Federal revelaram que diversos frigoríficos vendiam carne estragada no país e no mercado externo. Uma empresa chegou a usar ácido ascórbico para maquiar produtos vencidos. A investigação mostrou que diretores e donos de companhias estavam envolvidos diretamente nas fraudes, que contavam com a ajuda de servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.


Os frigoríficos chegavam a usar carne de cabeça em linguiça e até papelão em carne de frango. Outra prática comum era a troca de etiquetas com prazo de validade vencido.

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