Após a descoberta de um
esquema de fraudes para a venda de carne imprópria para consumo pelos maiores
frigoríficos do país, a preocupação se volta para a saúde da população. Segundo
o médico, Luis Fernando Correia, comentarista ddo boletim "Saúde em foco"
da CBN, as consequências mais diretas do consumo de produtos nesta condição são
as infecções gastrointestinais.
“A carne que está sendo
processada é um material vivo. Com isso, se não for manipulado com cuidado, se
não for armazenado de maneira adequada, bactérias vão se instalar, se
reproduzir, e produzir toxinas, que podem causar quadros imediatos, ou ainda
pior, se instalar no intestino, e causar quadros diarréicos muito intensos. Se
o paciente tiver a saúde mais frágil, pode, inclusive levar à morte”.
Como as carnes vêm embaladas
e seladas, é muito difícil se precaver desse tipo de problema. No caso de
outras substâncias misturadas à carne, como o papelão, é possível perceber algo
de diferente, mas, em geral, não dá para identificar o problema, segundo o
médico.
CARNE DE CABEÇA E PAPELÃO
Gravações telefônicas obtidas
pela Polícia Federal revelaram que diversos frigoríficos vendiam carne
estragada no país e no mercado externo. Uma empresa chegou a usar ácido
ascórbico para maquiar produtos vencidos. A investigação mostrou que diretores
e donos de companhias estavam envolvidos diretamente nas fraudes, que contavam
com a ajuda de servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
Os frigoríficos chegavam a
usar carne de cabeça em linguiça e até papelão em carne de frango. Outra
prática comum era a troca de etiquetas com prazo de validade vencido.
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