Vereador Jerry Cabeleireiro (PTB) criticou detenção da filha que atuava como mesária (Foto: Vitor Santana/G1)
A filha do vereador Jerry Cabeleireiro (PTB), que foi candidato à reeleição em Anápolis, a 55 km de Goiânia, mas não foi reeleito, foi conduzida à sede da Polícia Federal, na tarde deste domingo (30), suspeita por crime eleitoral. Segundo a polícia, Waléria Nogueira atuava como mesária, mas não podia por ser filha do político.
A mulher atuava na zona eleitoral 144, no Colégio Plínio Jaime, quando foi levada para prestar depoimento. De acordo com a ocorrência, Waléria infringiu o parágrafo 5º do artigo 120 do Código Eleitoral, que diz que estão em situação irregular “os nomeados que não declararem a existência de qualquer dos impedimentos referidos no parágrafo 1º incorrem na pena estabelecida pelo Art. 310”. O parágrafo 1º diz que não podem ser nomeados presidentes e mesários parentes de até segundo grau e cônjuge dos candidatos.
"Os fatos já foram esclarecidos. Ela assumiu que recebeu a notificação onde estava escrito que parentes de candidatos não podiam ser mesários, mas disse que não prestou atenção ao aviso", disse o Juiz eleitoral Eduardo Sanches.
O delegado da PF Antônio José dos Santos, que ouviu a mulher, também explicou a situação: "No primeiro turno houve o crime porque ela não comunicou que era filha de candidato. No segundo turno há a duvida do crime. Porém, houve crime no primeiro turno e tomamos conhecimento agora, então tinha que ser investigado. Mas houve um acordo e ela vai pagar um valor para uma instituição assistencial e o processo foi extinto", contou.
Já o vereador Jerry Cabeleireiro disse ao G1 que a filha apenas estava cumprindo o seu papel de cidadã. “Para mim isso é um grande constrangimento. É um erro do TRE, pois eles não avisaram nada e nem fizeram uma reunião para que os mesários fossem melhor preparados. Ela está simplesmente atendendo ao chamado do TRE, que tinha que ter impedido ela. É uma falha grotesca”.
Ele ressaltou que a filha foi mesária no primeiro turno e que agora, quando já não é mais candidato, não vê problema algum com a atuação dela. “Eu já não sou mais candidato, não fui reeleito, então a participação dela como mesária não prejudicaria em nada a votação”, afirmou.
O G1 entrou em contato com a assessoria do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), nesta tarde, e aguarda um posicionamento sobre o caso.
Filha de vereador foi levada para sede da PF em Anápolis, Goiás (Foto: Vitor Santana/G1)
Waléria assinou um Termo Circunstânciado de Ocorrência (TCO) e foi liberada. O valor da taxa que ela terá de pagar, conforme explicou o delegado, não foi divulgado./G1
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