Levantamento divulgado nesta
quarta-feira (25) pela organização não governamental (ONG) Transparência
Internacional aponta que o Brasil fechou 2016 ocupando o 79º lugar num ranking
sobre a percepção da corrupção no mundo composto por 176 nações.
O índice brasileiro foi 40
pontos, dois a mais que o registrado no ano anterior, mas o país ainda ficou
três posições abaixo do 76º lugar alcançado em 2015. A escala utilizada pela
entidade varia de 0 (altamente corrupto) a 100 pontos (muito transparente).
No ranking atual, o Brasil aparece
empatado com Bielorrússia, China e Índia. Dinamarca e Nova Zelândia lideram com
90 pontos cada, enquanto a Somália ocupa a última posição, com 10 pontos. A
média global é 43 pontos, o que, segundo a ONG, revela uma espécie de "corrupção
endêmica" no setor público de diversas nações.
"Países com melhor
pontuação (em amarelo no mapa) são superados de longe por países em laranja e
vermelho, onde os cidadãos enfrentam de forma diária o impacto tangível da
corrupção", destacou o relatório.
Américas
Ao analisar especificamente a
região das Américas, o levantamento citou diversos escândalos de corrupção em
países como Panamá, Argentina, Chile e Brasil. A Transparência Internacional avaliou,
entretanto, que, às vezes, más notícias podem se tornar boas notícias.
"Nem sempre é ruim ter
manchetes sobre corrupção. Desde o Panamá Papers em abril ao acordo recorde de
US$ 3,5 bilhões com a Odebrecht no Brasil em dezembro, 2016 foi um bom ano na luta
contra a corrupção nas Américas", apontou o levantamento.
"Uma coisa é bastante
clara: mesmo que 2016 marque o início de uma mudança rumo a uma postura mais
ativa das autoridades em resposta às demandas públicas, ainda há um longo
caminho a ser percorrido", concluiu o documento em relação às Américas.
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