São Paulo, 26 - A
ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, permanece em coma induzido e respirando com ajuda de aparelhos. Ela foi
submetida a uma nova avaliação tomográfica de crânio para controle de
sangramento cerebral, conforme o boletim médico nesta quarta-feira, 25,
divulgado pelo Hospital Sírio-libanês.
Os médicos suspenderam os
sedativos para avaliar os efeitos da cirurgia e constataram que Marisa Letícia
apresentava reação anormal, agitada, com uma das pupilas dilatadas, e decidiram
submeter a ex-primeira-dama a nova tomografia. O exame constatou que a
hemorragia é maior do que os médicos imaginavam. Ela foi então submetida a uma
intervenção para drenagem do sangue acumulado por meio de um cateter. O ex-presidente
acompanhou o tratamento da esposa.
Recuperação
Especialistas dizem que a
evolução do paciente no caso de uma hemorragia cerebral causada pela ruptura de
um aneurisma depende de uma série de fatores que vão desde a agilidade para o
socorro, passando pela localização da lesão até características individuais.
Segundo os especialistas, o
tipo de AVC que a ex-primeira-dama Marisa Letícia teve também não é o mais
comum.
Pela literatura, uma pessoa a
cada seis no mundo vai ter um AVC, mas o tipo mais comum é a isquemia, quando
há um entupimento da artéria, e não sangramento. São 80 a 85% dos casos de
isquemia e 15 a 20% são sangramentos, que podem ser aneurismas e outras doenças
vasculares", disse Pedro Varanda, neurologista do Hospital Quinta D’Or.
Esse tipo de AVC pode não ter
sintomas, de acordo com o paciente, mas há sintomas que podem ser reconhecidos.
"Um dos sintomas é uma dor de cabeça súbita, que pode ser muito
forte", explicou Cícero Galli Coimbra, professor de neurologia e neurociências
da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)./O Estado de S. Paulo.
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