Caminhões foram impedidos de entrar e de sair de centro de operações dos Correios
A maioria dos sindicatos que
representa os trabalhadores dos Correios decidiu acabar com a greve e voltar ao
trabalho nesta segunda-feira (8), às 22h. A greve dos Correios começou no dia
26 de abril, às 22h, e durou 12 dias.
Segundo comunicado dos
Correios, dos 36 sindicatos que representam a categoria pelo menos 33 decidiram
pelo fim da paralisação - 12 deles em assembleia na sexta-feira (5) e 17 em
reuniões nesta segunda-feira (8).
Os únicos locais em que a
greve continua são no estado de Santa Catarina e na região de Santa Maria, no
Rio Grande do Sul.
O sindicato que representa os
trabalhadores do Acre fará sua assembleia para avaliar pelo fim ou continuidade
da greve nesta terça-feira (9). Mutirão Segundo os Correios, os funcionários
que voltaram ao trabalho na última sexta-feira fizeram um mutiração para
despachar as entregas atrasadas durante o fim de semana.
"No fim de semana (6 e
7), houve mutirão em todo o país. A iniciativa envolveu cerca de 12 mil
trabalhadores, que triaram (prepararam para entrega) 14,4 milhões de cartas e
encomendas e entregaram 5,7 milhões de objetos", afirmaram os Correios, em
comunicado.
Crise nos Correios
Na negociação, os Correios
voltaram atrás da decisão de suspender as férias dos trabalhadores. Eles também
prometeram não judicializar a questão do plano de saúde, enquanto o tema
estiver sob mediação do Tribunal Superio do Trabalho (TST).
Os Correios enfrentam uma
severa crise econômica e medidas para reduzir gastos e melhorar a lucratividade
da estatal estão em pauta.
Nos últimos dois anos, os Correios apresentaram prejuízos que
somam, aproximadamente, R$ 4 bilhões. Desse total, 65% correspondem a despesas
de pessoal.
Em 2016, os Correios
anunciaram um Programa de Demissão Incentivada (PDI) e pretendia atingir a meta
de 8 mil servidores, mas apenas 5,5 mil aderiram ao programa. Os Correios
planejam também fechar cerca de 200 agências neste ano, além de uma série de
medidas de redução de custos e de reestruturação da folha de pagamentos.
Segundo os Correios, o fechamento dessas agências acontecerá sobretudo nos
grandes centros urbanos.
No dia 20 de abril, o
presidente dos Correios, Guilherme Campos, afirmou que a demissão de servidores
concursados está na pauta e vem sendo estudada. Segundo ele, os Correios não
têm condições de continuar arcando com sua atual folha de pagamento e contratou
um estudo para calcular quantos servidores teriam que ser demitidos para que o
gasto com a folha fosse ajustado.
Guilherme Campos, presidente dos Correios, afirmou em abril que demissão de concursados estava em pauta
Na última quinta-feira (4),
no entanto, foi anunciada a escolha da organizadora do próximo concurso dos
Correios para as áreas de saúde, segurança e engenharia para os cargos de
auxiliar de enfermagem do trabalho júnior, técnico de segurança do trabalho
júnior, enfermeiro do trabalho júnior, engenheiro de segurança do trabalho
júnior e médico do trabalho júnior. O número de vagas e salários não foram
divulgados. O último concurso dos Correios foi realizado em 2011 para 9,1 mil
vagas.
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