Com a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil em 1500, surgiu a primeira correspondência oficial ligada ao país a qual, escrita por Pero Vaz de Caminha e enviada ao Rei de Portugal, relatava com notório entusiasmo o descobrimento de uma nova terra. Com este acontecimento, foi escrita a primeira página do surgimento dos correios no Brasil. A dificuldade na comunicação entre Portugal e Brasil, instituiu oficialmente em 1798, os Correios Marítimos e, anos mais tarde, fez com que surgissem preocupações de maior expansão dos serviços para o interior do país. A chegada da família Real ao Brasil abriu caminhos para que o serviço postal pudesse se desenvolver melhor.
Os trabalhadores dos CTT juntaram-se junto à estação dos Restauradores para assinalar o Dia Mundial dos Correios com um protesto contra a privatização da empresa. Depois de na terça-feira ter promovido ações de recolha de assinaturas contra a privatização dos CTT em várias capitais de distrito, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações assinalou esta quarta-feira em Lisboa o Dia Mundial dos Correios, numa altura em que o Governo se prepara para vender a empresa e os trabalhadores veem ser-lhes retirado parte do pagamento das deslocações, trabalho noturno e metade do subsídio de refeição.
"Estamos a pagar as dívidas causadas pelas políticas de direita, pelos maus investimentos feitos pela Banca e outros Grupos Financeiros, estamos a pagar os roubos feitos por políticos corruptos e estamos a engordar os grandes grupos económicos", afirmou o SNTCT num comunicado em que denuncia que "o Serviço Público e Universal de correios está a ser desmantelado, através do encerramento de Estações e da não distribuição diária do correio".
O líder da CGTP Arménio Carlos também participou no protesto de Lisboa, que seguiu dos Restauradores em direção à Assembleia da República. A deputada bloquista Mariana Mortágua prestou solidariedade aos trabalhadores dos CTT em luta e recordou que o Bloco acaba de requerer uma audição urgente com o governante Sérgio Monteiro, responsável pela privatização dos CTT.
"Do ponto de vista financeiro, [os CTT] deram lucros ao Estado de 400 milhões [de euros] e o Governo diz que quer vender por 600 milhões. Não faz sentido. É uma empresa eficiente e determinante para a coesão territorial em Portugal", defendeu Mariana Mortágua, criticando o "preconceito que este Governo tem contra aquilo que é o serviço público, aquilo que é universal, que é a democracia e é de todos".
Nenhum comentário:
Postar um comentário