A dosagem da substância creatinina no sangue é uma ferramenta importante para diagnosticar precocemente doenças renais. Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) mostram que existem cerca de 100 mil brasileiros em diálise, com uma taxa de internação hospitalar de 6% ao mês e um gasto anual somente com a terapia renal substitutiva, feita com hemodiálise e diálise peritoneal, de mais de R$ 2,2 bilhões. A inclusão da creatinina no pedido de exame de sangue pode impedir e retardar o avanço da enfermidade, que causa a morte de 14% de pacientes em diálise por ano. Estima-se que 70% descobrem a doença tardiamente.
Simples e eficaz, o exame pode ser feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), assim como os testes de colesterol, glicose e outros exames de sangue comuns e importantes para a prevenção de doenças crônicas. “Medir os índices de creatinina no sangue é uma maneira simples de saber se os rins estão funcionando normalmente. A insuficiência renal é uma doença silenciosa em que os sintomas se manifestam em estágios avançados, na maioria das vezes já em fase de diálise ou transplante renal”, alerta o presidente da SBN, Daniel Rinaldi dos Santos.
A creatinina é um metabólito que circula pelo sangue e serve como um marcador do funcionamento dos rins, sobretudo para avaliar sua capacidade de filtração. A sua alteração aumenta o risco de mortalidade por causas cardiovasculares. A presença da creatinina no organismo apresenta uma variação em relação ao sexo e ao volume de massa muscular. A concentração é maior nos homens e nos atletas. Nas mulheres, crianças e idosos, a concentração sanguínea é proporcionalmente menor. A quantidade de creatinina aumenta à medida que ocorre a diminuição da função dos rins.
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