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domingo, 1 de dezembro de 2013

‘O meu pai não vai durar na prisão’, diz filha de José Genoino

A professora Miruna Kayano Genoino, 32 anos, filha do deputado federal licenciado José Genoino disse que o pai não tem arrependimentos, apesar de ter sido condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha no mensalão. Miruna acredita que, "se esse é o preço que tem que pagar para que o projeto do governo Lula e Dilma funcione, ele paga".

Preso desde o dia 15 de novembro, Genoino tem alegado problemas graves de saúde. Para a filha, ele não vai durar na prisão por muito tempo, já que tem piorado. “Quando as pessoas falam que ele vai ficar alguns meses no semiaberto e depois já pode pedir progressão da pena, penso que não sei como ele vai chegar. Em uma semana eu vi como ele piorou, como eu vou pensar em meses? Oito meses? Ele não vai durar isso na prisão. Não vai”, disse.

Após uma semana na prisão, Genoino teve uma crise de pressão alta, foi levado ao hospital e de lá seguiu para a casa da filha Mariana, onde espera o Supremo Tribunal Federal analisar seu pedido de prisão domiciliar. "Meu pai não tem esperanças de que isso aconteça", falou a filha de Genoino.

Prisão Para a família de Genoino, o momento mais difícil foi o longo julgamento do caso do mensalão, já que havia uma esperança de que ele fosse absolvido. “O momento mais difícil para o meu pai foi quando ele foi condenado. (Os elogios de alguns ministros antes de condená-lo) só o deixavam mais irritado. Era como se fosse um afago para depois meter a faca. Isso, hipócrita”, desabafou.

A professora defende a tese de que seu pai é um preso político, porque ele foi “proibido de emitir opinião, de dar entrevistas”. Para Miruna, o pai foi condenado porque era o presidente do PT, nada mais. “Lembro da vez em que ele se sentou na sala com a gente e falou: "Olha, o Lula pediu para eu ser presidente do PT e vou fazer isso porque esse projeto precisa funcionar".

'Querem nos destruir' De acordo com Miruna, o pai disse que queriam destruir a família Genoino e que logo após a condenação, ele fez um pedido especial. "Querem nos destruir e você não pode permitir. Você vai continuar lutando e fazendo as suas coisas porque não podem nos apagar".

Segundo ela, entre os que querem “destruir” Genoino estão vários agentes, incluindo a imprensa. “Se você me perguntar quem é o sujeito do ‘querem’, de cara vou falar que a mídia teve muito a ver com isso. Meu pai teve muitas decepções. Mas com a mídia ela foi devastadora, o coração dele começou a rasgar ali. Ele tem uma mágoa profunda, uma dor com tudo o que é publicado. Quando os jornalistas ficam lá fora de casa, essas manchetes, essa agressividade, esse recorte da realidade é um punhal para ele”, falou.

O desgosto de Genoino foi tão grande que, segundo a filha, ele comentou sobre perder a vida logo após a cirurgia. "Por que a vida não me levou?", teria dito. “Na época da ditadura, ele não tinha nada a perder, mas hoje ele tem os filhos, os netos e minha mãe”, completou a filha.

Apesar das críticas aos colegas do pai, Miruna fez questão de reforçar que Lula, Dilma e o PT sempre tiveram solidariedade com José Genoino. Ela ainda fez questão de agradecer aos parceiros de cela do pai: “já falei que se eu tivesse mil vidas e durante todas elas eu ficasse dizendo ‘obrigada’ não seria suficiente para agradecer ao José Dirceu e ao Delúbio (Soares) por tudo o que eles estão fazendo pelo meu pai. Porque se teve alguém que cuidou do meu pai foram o Zé Dirceu e o Delúbio”.

“Acho graça desses estereótipos. Pobre é quem precisa de muito. Tenho um tipo de riqueza que muitos não ambicionam. Desprezo a acumulação de dinheiro. Tenho 78 anos e estou por um passo (da morte), vou acumular dinheiro?”, concluiu.

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