O novo salário mínimo, que entrou em vigor nesta quarta-feira (1º), já trouxe problemas para prefeituras do interior da Bahia. Com o valor agora de R$ 724, as administrações municipais esperam problemas para arcar com os custos do funcionalismo público, segundo a presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria (PSB), prefeita de Cardeal de Silva. “Mais ou menos 60% da folha de pagamento das prefeituras é de salário mínimo.
Esse reajuste significa um impacto de 14% a 15% a mais na folha”, explicou a gestora, em entrevista ao jornal Correio. De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o custo com servidores públicos não pode ultrapassar 54% do gasto anual, porém nas contas da UPB, o novo valor do salário mínimo eleva a média entre os as cidades baianas vai para 67% da receita. “Para não ter problemas com o Tribunal de Contas, só resta aos gestores demitir alguns funcionários. Em dezembro já foi uma leva.
Aqueles que ainda não fizeram, vão fazer agora em janeiro”, completou Quitéria. Entre as prefeituras que já começaram as demissões, ela cita Ilhéus, Lauro de Freitas, Itagi, Barreiras, Dário Meira e a cidade que administra, Cardeal da Silva. “O município é grande, mas tem uma população pequena. Arrecado R$ 1,4 milhão por mês. Uma parte desse valor vem do Fundeb, que é só para a educação. Por lei, eu só poderia gastar 60% desse valor com o pagamento dos professores e outros funcionários, mas estava gastando 100%”, justificou./Bahia Notícias
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