O oncologista do HCor Onco,
Dr. Auro Del Giglio, realizou um estudo com pacientes da Faculdade de Medicina
do ABC, em São Paulo, que aponta o benefício do consumo de unha de gato para a
diminuição da fadiga em pacientes com câncer submetidos à quimioterapia.
O estudo avaliou 51
voluntários, com idade de 64 anos (47% dos pacientes eram do sexo feminino) que
receberam pílulas com extrato de unha de gato três vezes ao dia, por dois
meses. Destinado a diversos tipos de tumores em estágio avançado da doença,
após o período do estudo, os pacientes relataram menos cansaço durante o
tratamento.
Na literatura médica, o
fitoterápico unha de gato já é usado para tratar doenças inflamatórias como
artrite e osteoartrose. Mas essa é a primeira vez que se avalia os benefícios
do medicamento como antitumoral (contra o câncer). O tratamento foi aplicado em
pacientes cuja qualidade de vida era bastante reduzida, devido ao avanço da
doença e quando já não havia outro tratamento a ser oferecido.
“Os pacientes receberam um
comprimido do fitoterápico três vezes ao dia e a conclusão foi que, além de
melhorar a disposição desses pacientes e contribuir para a diminuição da
fadiga, em três deles (8% do total) o câncer não progrediu durante um ano.
Apesar do achado encorajador, precisamos de mais estudos para comprovar a
eficácia da unha degato”, ressalta Dr. Auro Del Giglio, oncologista do HCor
Onco.
De acordo com o oncologista,
a fadiga relacionada ao câncer é um sintoma comum em pacientes oncológicos e
uma das queixas mais frequentes nos consultórios. Não existe tratamento padrão
e eficaz para o problema, que é reportado como fator de maior impacto nas
atividades diárias dos doentes, com reflexo importante na qualidade de vida.
O projeto: realizado pelo
oncologista do HCor Onco e médico da Faculdade de Medicina do ABC, é
reconhecido por ser desenvolvido exclusivamente no Brasil. Fora do País, não
existe referência na literatura médica que possa ser comparado à esta pesquisa
ou que use esse tipo de tratamento. De acordo com o estudo, os pacientes
responderam positivamente ao tratamento.
“De forma geral, a medicação
foi bem tolerada por nossos pacientes e não houve nenhum tipo de efeito
colateral. Porém o medicamento não deve ser usado sem orientação médica,
porque, mesmo sendo um fitoterápico não o exime de ter efeitos colaterais e
interação (reação) com outros tratamentos”, alerta Dr. Giglio.
A doença se estabilizou por
mais de oito meses em quatro participantes e a medicação foi bem tolerada pela
maioria dos pacientes. “Portanto o uso da unha de gato pode ser benéfico em
pacientes com câncer avançado, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e
reduzir a fadiga”, finaliza o oncologista do HCor.
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