A “hipótese” confirmada pelo governador Jaques Wagner (PT), de que a composição da chapa majoritária pode levar em conta a suplência no Senado, não parece agradar o Partido Progressista na Bahia. Mesmo sem afirmar abertamente que a ideia não é das mais satisfatórias para a legenda, o presidente pepista estadual, deputado federal Mário Negromonte, ressaltou que “o governador sabe o tamanho do PP”. Ou seja, o pleito ainda é por algo maior.
“O governador nunca falou sobre esse asunto com o PP e vamos aguardar até depois do carnaval a definição, que esperamos que seja do nosso tamanho. Vamos ocupar um espaço em função do tamanho do PP, votos, capilaridade e lealdade. O governador tem visão, faz política nacional, conhece o tamanho do nosso partido, da participação no governo da presidente Dilma, e saberá escolher”, pontuou em contato com o Bahia Notícias.
Após elencar os motivos que levam o PP a ser o “terceiro maior partido da base” – três deputados federais, cinco deputados estaduais, 56 prefeitos e mais de 500 vereadores – o pepista pregou a paciência, bem diferente do que disse no passado, quando sinalizou a possibilidade até de rompimento com o governo estadual. Hoje, a situação está pacificada. “Vamos seguir ao lado do governador.
Foi indicado o candidato [Rui Costa, chefe da Casa Civil] e vamos acompanhar a definição”, garantiu. Na avaliação do postulante e do “cabeça branca”, a suplência de Senado é válida pela chance de um senador virar ministro, como chegou a ser especulado em torno do nome de Walter Pinheiro, o que faria com que o segundo na lista assumisse a posição no Congresso.
Negromonte se esquivou de falar sobre a possibilidade, mas voltou a ressaltar que Wagner sabe o quanto o “espaço nacional [do PP] pesa”, e declarou que não tem usado a calculadora para projetar as pretensões políticas da legenda. “O futuro a Deus pertence. Não sei fazer essa conta não”, brincou. Tido como concorrente do PP para a vaga de vice-goverador na chapa do Estado, o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), já disse que não quer esperar que algo aconteça para ser senador. O PP baiano espera há quatro anos, já que tem o suplente de Pinheiro, Roberto Muniz./Por Sandro Freitas
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