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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Irmã denuncia que tatuagem em preso com HIV motivou morte do irmão na carceragem da Delegacia de Itamaraju

Alexandro foi encontrado morto dependurado pelo pescoço em uma cela; motivo seria tatuagem em preso com HIV

Pelo visto a polêmica da morte de um detento na carceragem da Delegacia da Polícia Civil de Itamaraju (DEPOL) está longe do fim. O corpo de Alexandro dos Santos Carneiro, de 22 anos, preso acusado de tráfico e porte ilegal de arma de fogo, foi encontrado no início da tarde da última segunda-feira (4), dependurado por um lençol amarrado em volta do pescoço e com a outra extremidade fixada na grade da cela 5, do Pavilhão A, apesar do mesmo ter sido colocado na cela 4 do mesmo rol da prisão. Após serem avisados pelos próprios presos, agentes do setor de custódia fizeram uma revista nas celas, quando encontraram o corpo.

E por volta das 19h30 da mesma segunda-feira (4), após a realização da necropsia, procedimento a cargo do perito médico Ademir Alves Pereira, do DPT de Itamaraju, veio a confirmação. Alexandro dos Santos Carneiro, de 22 anos, não se matou e sim, foi assassinado por esganadura, quando uma ou mais pessoas pressionam o pescoço da vítima até a mesma parar de respirar.

Com a confirmação do homicídio, resta ainda saber oficialmente o que teria motivado o crime, já que Alexandro seria um preso de bom comportamento. Ele tinha sido detido em 6 junho deste ano de 2013, acusado de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Na época Alessandro foi flagrado em posse de 27 pedras de crack, além de duas armas artesanais, nas proximidades de onde morava, no bairro Itatiaia, região leste de Itamaraju.

E nessa terça-feira (5) a irmã de Alexandro, Sandra dos Santos Carneiro, que era a pessoa que mais o visitava na prisão, fez duas revelações polêmicas frente à morte do jovem, que segundo ela era primário, tinha bom comportamento e jamais merecia morrer na forma que foi assassinado. “Ele me ligou lá de dentro na última quinta, pedindo pra que eu falasse com os carcereiros sobre a possibilidade de sua morte. Ele estava ameaçado pelos outros presos”, disse. Se o preso telefonou para a irmã, isso indicaria a existência de algum telefone no interior da prisão.

Questionada sobre os supostos motivos da morte do irmão, Sandra afirmou que Alexandro foi morto pelo fato de ter tatuado um outro preso portador do vírus HIV e na sequência, supostamente sem saber de nada, desenhado com o mesmo instrumento o corpo de um outro detento, esse que exerceria uma liderança no interior da prisão. “Ele me ligou, disse que estava jurado de morte por causa dessa tatuagem. Mas ele não sabia de nada sobre esse preso com HIV”, disse.

O preso portador do vírus da Aids foi detido no último dia 2 de agosto, logo após visivelmente alterado ter ameaçado de morte em posse de uma faca um motorista da Viação Itamaraju. Policiais militares prenderam o indivíduo, que por questões óbvias não terá o nome revelado e o apresentaram à Delegacia da Polícia Civil de Itamaraju.

Com a suspeita o acusado fez o teste de HIV, esse que deu positivo. Dias depois o mesmo acabou sendo liberado por decisão do juiz Heitor Awi Machado de Attayde, titular da Vara Criminal da Comarca de Itamaraju, já que o crime atribuído a ele era de baixo potencial ofensivo e pelo fato de seu estado de saúde colocar em risco a saúde dos demais presos na carceragem da Delegacia da Polícia Civil.

A partir de agora o delegado Gean Nascimento, titular de Itamaraju, além de tentar identificar os responsáveis pela morte do preso Alexandro, ainda terá que esclarecer como o detento, antes de morrer, conseguiu telefonar para a irmã de dentro da prisão./TN

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