O ex-camisa 9 da Seleção, que hoje atua como empresário do marketing esportivo, participou em Londres, nesta terça-feira, de uma apresentação da Fifa sobre os preparativos para a Copa de 2014. Ao ser questionado sobre o porquê de existirem opiniões tão divergentes dentro do Brasil sobre a importância de sediar o evento do ano que vem, Ronaldo foi duro e rebateu as constantes críticas feitas pelo ex-companheiro de equipe. "Estou lutando por uma coisa que estamos construindo. É muito fácil alguém ser oposição, tentar destruir, sentado na sua casa, sem acreditar no projeto, sem acreditar em nada, e só tentar destruir os outros", afirmou. "Eu nunca tive a pretensão de que todos pensassem igual a mim, ou que todos acreditassem em tudo que eu acredito.
Quando recebi o convite para entrar no comitê, acreditei que seria uma grande oportunidade de crescimento para o Brasil, que o País receberia muitos investimentos. Por isso, acreditei e fiz isso pelo meu país." Ronaldo foi além e defendeu a organização do próximo Mundial, apesar dos inúmeros percalços até aqui. "Acho que todos os fatos estão demonstrando que a Copa do Mundo é uma coisa maravilhosa para o nosso País e com grandes benefícios, sejam eles pelos investimentos que já foram feitos, ou por alguns outros que vão ser entregues após a Copa."
O ex-jogador manteve o tom contundente para rechaçar as afirmações de que teria aceitado fazer parte do comitê organizador por motivações financeiras. "Eu não estou fazendo isso por mim. Eu sou um voluntário para a Copa do Mundo e não ganho um centavo da Fifa, nem do Comitê (Organizador Local)", avisou.
Segundo ele, "faço isso porque acredito no meu país e no meu povo. Acredito que isso seja uma grande coisa para o nosso país, uma grande oportunidade de crescimento. Portanto, vou continuar agindo da minha maneira, acreditando no meu país e no povo brasileiro."
Ronaldo, que chegou a dizer que "não se faz Copa com hospital", voltou a afirmar que compreende o clima de agitação no Brasil e apoia as manifestações pacíficas, embora acredite que elas não irão ocorrer em 2014.
O ex-jogador disse que está ajudando a melhorar a condição de vida no país por fazer parte do COL. "Lógico que a gente espera que existam grandes investimentos em outros setores, como foi feito agora para a Copa do Mundo. E a gente vai acompanhar isso também. Sou a favor de qualquer tipo de protesto, sem violência.
O brasileiro está cansando do descaso que teve durante muitos anos e está querendo respostas dos governos. A minha parte estou fazendo, construindo um Brasil melhor, mesmo que seja através do esporte", finalizou.
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