Teixeira de Freitas: Rio
Itanhém e registrou imagens que reforçam o alerta de que o rio está secando e
corre risco de morrer. O Rio Itanhém, que nasce na aldeia dos Machacalis,
divisa entre Minas e Bahia, e deságua no mar de Alcobaça, está cada vez mais em
risco. Também conhecido como Rio Alcobaça, a deterioração de suas águas vem
ocorrendo devido ao desmatamento que ocorre em suas margens, para produção de
eucalipto e pastagens, e ao despejo de esgotos domésticos, industriais e
agrícolas provenientes dos municípios que são banhados por ele. “O Rio está
morrendo”, alerta um ribeirinho.
As imagens assustadoras
indicam o futuro deste rio. Segundo um morador ribeirinho, neste trecho do rio
fotografado, as águas já chegaram a quatro metros de profundidade. “O Rio
Itanhém está morrendo e os órgãos não fazem nada”. Para quem conheceu o que era
esse rio alguns anos atrás, ficará perplexo com tamanha degradação, disse o
morador. “O que se percebe é que uma vegetação, baseada em algas e esgoto se
proliferou sobre as águas devido à falta de chuva, e aos poucos ele está
secando. O rio tenta sobreviver com os filetes de água que ainda passam por
ele. Precisamos unir forças e economizar água para tentar salvar o que ainda
resta deste rio”, disse outro morador.
“É preciso que os órgãos
responsáveis façam alguma coisa em defesa deste rio e seus afluentes. É preciso
fazer campanhas conscientização e/ou ações para estimular os proprietários das
fazendas a estarem efetuando o plantio de árvores nativas nas nascentes e ao
longo das margens dos córregos e rios que banham no nosso município, ou mesmo,
que a prefeitura possa realizar o plantio dessas árvores. As Secretarias de
Meio Ambiente das Prefeituras não podem permitir que construções sejam feitas
praticamente dentro do Rio Itanhém, muito menos, deixar jogar, e não multar
quem esteja jogando entulhos ou outros agentes poluentes dentro do Rio”, disse
um internauta.
Ao passar pela ponte, não se
conteve ao ver o baixo volume do rio, mesmo em um período que tem chovido
bastante. É visível a preocupação com esse rio, que tem em média 300
quilômetros de extensão e é de vital importância para a qualidade de vida para
as populações ribeirinhas, assim como também para Teixeira de Freitas, atuando
também como centro da economia do município, na produção agrícola, na pescaria,
entre outros fatores. É preciso cuidar, é preciso recuperar esse rio.
Economizar água, não jogar lixo no rio, cobrar dos governantes ações a esse
respeito, são pequenas coisas que cada um pode fazer a sua parte.
Quanto aos órgãos ambientais
municipais, estaduais, federais, ONG’s, etc, devem buscar urgentemente
mecanismo para limpar o rio, fazer o tratamento do esgoto doméstico, programas
de conscientização, especialmente dos fazendeiros que destroem a vegetação ribeirinha,
bem como fiscalizar e punir os infratores, pois muitos estão descumprindo a
legislação ambiental. É preciso pedir socorro ao Ministério do Meio Ambiente,
cobrar políticas públicas voltadas para a proteção do rio, entre outras coisas
que se fazem urgente e necessário para melhorar a qualidade da água e a vida do
Rio Itanhém. Lembrem-se, a água é um recurso finito. É dever de todos
cuidar!/Liberdadenews
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