A dois dias da eleição para
presidência da Assembleia Legislativa o quadro não sofreu grandes mudanças. Ao
que parece um acordo foi selado para que as informações concretas parassem de
circular. O primeiro a aderir ao movimento foi o presidente e candidato à
quinta reeleição Marcelo Nilo (PSL) quando, ainda no final de semana, afirmou
que só falará após a votação.
O deputado estadual Luiz
Augusto (PP) tem reunião marcada com a bancada de seu partido nesta terça-feira
(31) para decidir se será o candidato ou se declinará para apoiar Ângelo
Coronel (PSD). Até o momento, dois deputados da base de Rui Costa que não fazem
parte do PP ou PSD declararam que não votarão em Marcelo Nilo.
Os dois – Manassés e Alan
Castro — são do PSL. As primeiras informações deram conta de que ambos fecharam
acordo para votar em Coronel, contudo, depois foram à imprensa afirmar que
poderiam votar tanto no pessedista quanto em Luiz Augusto. A decisão para
escolha do candidato do agrupamento perpassa pela pedida de cada deputado.
Explica-se: na próxima
reunião os deputados dirão qual a preferência. Provavelmente, esta informação
ficará restrita aos gabinetes podendo, eventualmente, “vazar” para imprensa. Os
apoios serão contabilizados e o candidato definido. Contudo, fosse hoje a decisão,
Ângelo Coronel seria o escolhido. O PSD tem sete deputados na Casa enquanto o
PP tem cinco.
O acordo entre os dois também
estabelece que a primeira vice-presidência ficará com aquele que declinar.
Portanto, se o candidato for Coronel, Luiz Augusto ficará com a vaga na mesa e
o contrário também pode acontecer.
Além dos dois parlamentares
do PSL, havia a expectativa de que outro deputado da base de Rui declararia
apoio publicamente ao campo político. No entanto, com a passar das horas a
hipótese foi perdendo força. Ângelo Coronel arremata a razão: queremos agora
apoio em “off”. Ou seja, preferem que o apoiamento em reservado para evitar o
assédio por parte do adversário.
O fato é que os prepostos de
Nilo e da dupla Coronel/Luiz Augusto estão otimistas para eleição. Não há um
clima desses no Palácio Luís Eduardo Magalhães há muitos anos sendo que as
últimas campanhas foram travadas antes do dia da eleição. O dia da eleição em
si tem sido, ao menos na “era Nilo”, tranquilo.
Traição
O ambiente na Assembleia
também está marcando por uma sensação de que pode haver “traição” para qualquer
lado. Acreditam os mais próximos aos candidatos que é possível que haja “fuga”
de votos. A insegurança, neste sentido, está presente em todas as rodas de
conversas e deve ficar assim até a contagem dos votos.
Na tarde desta segunda-feira
começou a circular a possiblidade de Marcelo Nilo retirar a candidatura. Os
aliados de Nilo refutam esta possibilidade e afirmam que estão confiantes na
vitória, mas em política nenhuma fumaça deve ser ignorada, pois as chances de
haver fogo são grandes. Os próximos dias dirão o que é verdade e o que é
disse-me-disse./bocaonews
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