O dinheiro foi pago em duas parcelas, uma de R$ 1.500 e outra de R$ 1.380.
A família de um idoso de 70
anos que está internado no Hospital Luís Eduardo Magalhães, na cidade de Porto
Seguro, foi enganada por criminosos que, por telefone, se passaram por médicos
da unidade de saúde e cobraram dinheiro para realizar exames no paciente. Os
familiares do paciente pagaram, no total, R$ 2.880 pelos procedimentos, que não
foram realizados. O caso foi registrado na delegacia da cidade e a Polícia Civl
investiga o crime. Até agora, ninguém foi preso.
Segundo os parentes do idoso,
os suspeitos alegaram que os procedimentos seriam realizados em uma clínica
particular do município, porque pelo Sistema Único de Saúde (SUS) demoraria e o
paciente poderia morrer se esperasse. O dinheiro foi transferido para a conta
de um dos criminosos, que sumiu após a transação bancária. O dinheiro foi pago
em duas parcelas, uma de R$ 1.500 e outra de R$ 1.380.
"Eles [falaram que] já
haviam entrado em contato com o SUS para poder fazer esses exames, só que o SUS
disse que levaria de oito a dez dias. Segundo ele, meu pai não tinha todos
esses dias para esperar porque o quadro dele já tinha se agravado bastante",
contou uma das filhas do idoso, que não quis se identificar.
A família do paciente só
percebeu que era vítima de um golpe depois da última transação bancária, quando
uma das filhas dele notou que a conta estava em nome de uma pessoa física,
identificada como Kleiton Soares Cardoso, e era da cidade de Rodonópolis (MT).
As vítimas procuraram o hospital que negou que tivesse pedido o dinheiro.
"Disseram que não houve
ligação nenhuma, e que teria sido possivelmente um golpe, e o segundo que
aconteceu no mesmo dia", afirmou a filha do idoso.
Segundo o hospital, nenhum
procedimento realizado na unidade de saúde é cobrado aos pacientes, pois os
serviços são oferecidos pelo SUS. A unidade de saúde informou que, em um ano, 4
pessoas que tinham familiares internados no hospital receberam este tipo de
ligação e fizeram a denúncia.
"Desses [quatro que
receberam ligações dos criminosos], dois pacientes conseguimos interceptar. Os
próprios familiares ficaram em dúvida, vieram até nós e a gente conseguiu
interceptar. [Tem] dois casos que eles [vítimas] chegaram a realmente fazer o
pagamento", disse o diretor médico do hospital, Rodrigo Carvalho.
A Polícia Civil da cidade
informou que recebeu apenas duas denúncias relacionadas ao golpe e investiga os
casos. A polícia apura se houve participação de algum funcionário do hospital
nos crimes, pois os familiares das vítimas relataram que os criminosos sabiam
muitas informações sobre os pacientes.
"A linha de investigação
vai ser ver se alguém do hospital está passando informações para alguém de
fora, porque não tem como ter acesso ao prontuário se não for gente de
dentro", falou o delegado Marcelo Paiva, titular da Delegacia de Porto
Seguro.
A direção do hospital disse
que o quadro dos pacientes não são passadas por telefone, apenas
presencialmente, por um médico plantonista./G1
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