As costuras para viabilizar o
êxito da candidato de Ângelo Coronel (PSD) à presidência da Assembleia
Legislativa foram feitas por diversas mãos coordenadas pelo senador Otto
Alencar. Um dos principais articuladores do processo foi o deputado federal
Ronaldo Carletto (PP). Ex-deputado estadual, Carletto é tido como um dos nomes
postos para ocupar uma das vagas ao Senado em 2018.
Embora seja prematuro cravar
a chapa 2018, pois o tabuleiro político ainda está sendo desenhado, o que se
comenta nos corredores do Palácio Luís Eduardo Magalhães é que o empresário
terá o nome posto na chapa, inicialmente, encabeçada pelo atual governador do
estado Rui Costa (PT).
Carletto trava nos bastidores
do PP, seu partido, uma batalha com o vice-governador da Bahia, João Leão.
Presidente da legenda no estado, Leão afirmou reiterada vezes que não tem
problemas com o deputado federal, contudo, as informações que circulam são
diferentes dessa.
Há ainda a possibilidade real
de Carletto deixar o PP e se filiar ao PSD de Otto Alencar. A medida é vista
com pragmatismo, mas o que se quer é evitar fissuras. Por enquanto, tanto Leão
quanto Otto estão fechados num consórcio sem prazo de validade.
Por outro lado, o desenho da
chapa majoritária governista para disputa de 2018 está traçado com uma vaga do
Senado destinada ao ex-governador e atual secretário de Desenvolvimento
Econômico Jaques Wagner. Rui na cabeça e o próprio Leão na vice. Falta saber se
a outra vaga será concedida ao PSD que atualmente tem peso político maior que a
senador Lídice da Mata (PSB).
Lídice é candidata ou
pré-candidata à reeleição. Resta saber se vai conseguir reunir as condições e
para isso espera que sua fidelidade ao projeto atual seja contabilizada. Para
dentro do PT, Wagner diz que pode ser candidato a deputado federal. A ideia é
não criar problemas para a composição, contudo, mais importante que isso na
avaliação intramuros é que Wagner pode ser "puxador de votos" para
carregar consigo outros postulantes à Câmara dos Deputados do partido da
estrela solitária.
Até o próximo ano "muita
água vai passar por debaixo da ponte", como se diz em política, mas o
assunto circula com significativa intensidade nesta quarta-feira (1°) nos
salões do Legislativo baiano./bocaonews
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