Todos nós tivemos contato com esse profissional ao longo da
vida. Observando-o com certo distanciamento- e não como aluno- com o decorrer
dos anos percebemos o quanto ele influenciou em nossas vidas. Assuntos que
passamos a gostar (ou odiar), exemplos de vida, paciência, determinação entre
outros.
A prefeita Uberlândia Pereira, parabeniza todos os
professores do município de Jucuruçu, e presta essa linda homenagem.
"Aos velhos e jovens professores, aos mestres de todos
os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.
Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil
e se encantar com a colheita. Ser professor é ser condutor de almas e de
sonhos, é lapidar diamantes".
Homenagem ao professor: a origem dos diamantes:
Professores são arautos. Portadores que se ocupam em levar
mensagens diversas aos receptores que, ao fim, simbolizam a esperança que
depositamos em novos e melhores tempos. Movidos por um altruísmo comum aos
grandes personagens da História - que comumente mesclam em sua jornada um misto
de idealismo e capacidade de realização -, nosso exército de mestres desbrava
fronteiras e adentram aldeias indígenas, comunidades quilombolas, bairros
movimentados das metrópoles. Seja nos cursos mais elementares de alfabetização,
seja nas universidades mais renomadas do País, sempre há a figura desse
lapidador.
Desses homens e mulheres que, cuidadosamente, permitem que
pedras brutas se transformem em jóias cujo brilho é capaz de iluminar o futuro.
Hoje é Dia do Professor. Data que demanda reflexões sobre o que é realmente
essencial no vaivém contínuo do processo ensino-aprendizagem. Momento de
observar que, nas últimas décadas, o papel da escola foi ganhando novos
contornos. Novas alterações provenientes de métodos educacionais mais modernos.
Resultantes tanto da troca ininterrupta de experiências no setor quanto da
consciência social em torno da importância da educação. Do ensino de excelência
nesta que é a Era da Informação e do Conhecimento. São mudanças que ampliaram
sobremaneira os horizontes.
Renovações que tiveram início com passos importantes rumo à
democratização da aquisição de conhecimento. Hoje, muitas escolas já estão
informatizadas e, portanto, conectadas ao mundo. Exigência de uma época que requer
habilidades e talentos cada vez mais diversos, como a fluência em mais de um
idioma. É fato que o mercado de trabalho não tolera amadores. E também é fato
que a cobrança sobre a capacidade dos aprendizes recai sobre o professor.
Profissional de quem a sociedade exige aprimoramento ininterrupto. Por esse
motivo, é importante que os educadores relembrem os modelos referenciais do
ensino de qualidade muitas vezes empregado ao longo da História. É o caso do
método utilizado por Aristóteles em seu desejo de formar uma geração de jovens
éticos e, portanto, felizes. O liceu do estagirita era um espaço privilegiado
em que a virtude e a busca pelo meio termo permeavam as discussões filosóficas
entre o educador e seus jovens aprendizes.
No mesmo diapasão, o filósofo Pedro
Abelardo, nas escolas francesas, desafiava os estudantes a colocar em prática o
potencial gigante, mas ainda adormecido, que habitava em cada um. Mais
recentemente, temos o modelo de Dom Bosco, mestre dos salesianos. Verdadeiro
professor que exaltava o amor como o único caminho para a educação
verdadeiramente completa. Mário Quintana, em outra seara, poetizava: "E no
dia em que tratardes um dragão por Joli, ele te seguirá por toda a parte como
se fosse um cachorrinho". Por meio dessa metáfora tão bela quanto
inusitada, o poeta nos ensina que é possível modificar para melhor os seres
considerados mais amedrontadores. Para isso, basta que recebam carinho e
atenção como tratamento.
Em outros termos: se até um dragão pode ficar dócil,
carinhoso, o que dizer de um aluno? Já Paulo Bonfim, outro artesão da palavra -
considerado o príncipe dos poetas brasileiros - diz que a juventude precisa de
um tema. Um tema que a torne protagonista. Um tema que a instigue a viver. É
como na arte: uma vez sem bons temas, as peças ficam sem sentido, os textos
empobrecem, as danças perdem a magia. Eis aqui nossa homenagem àqueles que são
leais à missão de educar. Sábios que não servem a um partido ou a um governo,
mas sim à causa nobre da educação. Servem a um sonho. Talvez o mesmo vivenciado
por Aristóteles, Abelardo, Dom Bosco: o sonho de lapidar diamantes. Mestres que
neste, e em todos os outros dias, acreditam que o esforço do trabalho será
recompensado pela magnitude do resultado. Pela beleza rara da jóia que começa a
tomar forma, sempre, em suas mãos.
Um forte abraço a todos os verdadeiros mestres do município
de Jucuruçu:
Ass. Uberlândia Pereira prefeita
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