Deputado federal Pedro Henry (PP-MT) se entregou à Polícia Federal no começo da tarde desta sexta-feira, em Brasília. O parlamentar foi condenado no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a sete anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mais cedo, a PF havia recebido o mandado de prisão para o deputado.
Henry (PP-MT) renunciou ao mandato pouco antes de se entregar. Ele entregou uma carta de renúncia à Câmara dos Deputados antes de se entregar à Polícia Federal, em Brasília. O documento deve ser lido em plenário na segunda-feira, e publicada no Diário Oficial na terça-feira. Assim, encerra-se qualquer possibilidade de processo de cassação do mandato.
No texto encaminhado à Câmara, que é endereçado ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Pedro Henry afirma que foi condenado "apesar da ausência de provas cabais" do seu envolvimento no caso do mensalão. Ele diz ainda que a condenação pelo STF negou-lhe "o duplo grau de jurisdição, que pudesse garantir minha defesa". Henry ressalta que a renúncia não era o "desfecho da vida pública" que havia planejado.
A carta chegou pouco mais de duas horas depois que o Supremo enviou à Câmara ofício comunicando o encerramento do processo do deputado e a expedição do mandado de prisão. Henry, que estava no quinto mandato consecutivo na Câmara, é o terceiro deputado a renunciar ao mandato depois da condenação no processo do mensalão. Antes dele, José Genoino (no dia 3 de dezembro) e Valdemar Costa Neto (no dia 5 de dezembro) também renunciaram para evitar o processo de cassação.
O empresário Roberto Dorner (PSD- MT) deve assumir no lugar de Pedro Henry. Ele já exerceu o mandato de deputado federal entre fevereiro e novembro de 2011, como suplente.
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