Funcionário público é preso vendendo material da secretaria de Educação

Welton trabalhava no setor de xerox e tinha acesso livre ao almoxarifado onde o material era guardado

De acordo o depoimento do próprio acusado, o desvio do material da secretaria municipal de Educação de Teixeira de Freitas já acontecia a cerca de seis meses. De acordo ao depoimento do próprio acusado, o desvio do material da Secretaria Municipal de Educação de Teixeira de Freitas já acontecia a cerca de seis meses.

Welton Silva de Brito, de 36 anos, que atuava no setor de Xérox da secretaria como operador de fotocopiadora, foi preso em flagrante por volta das 16 horas de quinta-feira, 11 de dezembro, na rua Dom Manoel, no centro da cidade.

Welton e Luiz (à direita) foram presos em flagrante, Luiz tinha acabado de comprar o material

Welton e Luiz César Mendes Muniz, 32 anos, foram interceptados pelo Serviço de Investigação da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior quando faziam a negociação do material furtado. Os dois estavam dentro de carro modelo Uno em frente à loja de suprimentos de informática que pertence a Luiz, comprador de 31 resmas de papel ofício apreendidas dentro de veículo.

Segundo o delegado titular Marco Antônio, o funcionário público passou a ser monitorado depois que a Polícia recebeu no dia 10 de dezembro a denúncia do desvio de material no setor. Após investigações, o acusado foi identificado e a Civil passou a monitorá-lo para também chegar ao comprador das folhas de ofício.

A Polícia acredita que pelo menos 200 caixas foram furtadas em 6 meses

Para furtar as resmas, Welton usava uma bolsa comum e agia acima de qualquer suspeita, pelo menos duas resmas de 500 folhas cada eram desviadas por dia de dentro do Almoxarifado. Segundo estimativas da Polícia, o funcionário furtou, pelo menos, 200 caixas do material, o que equivale a uma média de 1 milhão de folhas.

Ainda de acordo com Welton, cada caixa com dez resmas era vendida por R$ 77,00, um valor bem abaixo do estabelecido pelo mercado gira em torno de R$ 120,00. A Polícia também investiga se outros comerciantes compravam o material.

No final da tarde desta quinta-feira, a diretora administrativa da secretaria foi ouvida pelo delegado Marco Antônio e reconheceu as caixas. Segundo ela, o acusado tinha acesso ao almoxarifado e teria se aproveitado para cometer o crime.

Luiz também foi autuado por receptação qualificada

Welton vai responder por crime de peculato (roubo cometido por funcionário público) baseado na Lei 312 do Código Penal e pode pegar até 12 anos de prisão. Já comprador, Luiz César, foi autuado por receptação qualificada. Os dois crimes são inafiançáveis./PORTALN3