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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

11º Encontro Nacional de Capoeira graduou 165 meninos e meninas do Projeto Ginga Criança em Itamaraju

 Infor: TN
O Projeto Ginga Criança em parceria com a Academia Arte dos Negros e a Fundação Mamãe África de Caravelas, realizou neste último final de semana (24 e 25/08), na Praça Castelo Branco, em Itamaraju, o 11° Encontro Nacional de Capoeira, com batismo e entrega de graduação com troca de cordas, e contou com a participação de dezenas de capoeiristas oriundos das mais diversas cidades da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O evento contou com as presenças de vários mestres baianos, em especial o “Mestre Pardal” da cidade de Ilhéus. Com 57 anos de idade ele joga capoeira há 49 anos, além da presença do mestre Ramiro, também de Ilhéus e de grande representatividade na cultura capoeirista do Brasil.

O encontro foi coordenado pelo Mestre Manoel Roseno, da Academia Arte dos Negros. Roseno é o mais celebrado educador de capoeira da região extremo sul, com 34 anos de história e em Itamaraju brotou seu projeto para o Estado e atualmente, centenas dos seus alunos estão fazendo sucesso e vivendo da capoeira em várias partes do mundo. A população itamarajuense prestigiou as atividades e o evento reuniu este ano, 25 mestres e 45 professores com suas caravanas de diversas cidades do Brasil.
O mestre Roseno é pai de um projeto que hoje é modelo para o Brasil e por meio do seu projeto nasceram centenas pelo Brasil a fora. O projeto Ginga Criança nasceu há 32 anos e somente neste final de semana, no 11° Encontro Nacional de Capoeira em Itamaraju, foi graduado 165 crianças. Para integrar ao seu projeto, a criança tem que ser oriunda de família de baixa renda e tem que está matriculada numa escola e para criança se graduar no projeto não basta seguir aprendendo a jogar capoeira é preciso também ter boas notas na escola para que tenha sucesso na capoeira.

Conforme o mestre Roseno, ele trabalha com crianças e adolescentes ensinando arte, cultura e esporte, relatou que a importância da prática de esportes, como a capoeira, na vida de crianças e adolescentes, resume-se na disciplina e ensinar cidadania, para proporcionar lazer, incentivar à educação e cultura, e ensinando ao jovem a se afastar das drogas e do crime. Segundo Roseno, o fundamental da capoeira é a disciplina e no seu projeto se ajuda à criança formar o seu caráter e para continuar no projeto o menino ou a menina tem o dever de continuar estudando e obtendo boas notas para que tenha êxito na capoeira.
“O projeto Ginga Criança é mantido pela minha própria boa vontade, porque não recebemos nenhuma ajuda filantrópica ou institucional para mantê-lo, mas toda criança quer continuar conosco, afinal  a capoeira é uma dança e arte, tanto que a sua arte se faz presente através da música, ritmo, canto, instrumento, expressão corporal e criatividade de movimentos. É também um riquíssimo tema para as artes plásticas, literárias e cênicas. Na dança, as aulas devem ser dirigidas no sentido de aproveitar os movimentos da capoeira, desenvolvendo flexibilidade, agilidade, destreza, equilíbrio e coordenação motora, indo à busca da coreografia dos alunos, tanto na parte prática, quanto na teórica. E é brincando que às crianças aprendem uma arte”, disse o mestre Roseno.
O vereador por Itagimirim e mestre de capoeira, Derisvaldo da Silva Bonfim, o “Mestre Quém”, fez um pronunciamento no encerramento do evento e elogiou a iniciativa do companheiro Manoel Roseno pelo zelo, respeito e camaradagem que tem tratado a cultura da capoeira, onde tem jogando para recrear e não para testar a capacidade dos seus alunos e convidados, desenvolvendo de forma integrada os três domínios de aprendizagem do ser humano: psicomotor, afetivo social e cognitivo. Acrescentando sobre a persistência, coragem e disciplina de Roseno em relação aos seus projetos sociais em favor das crianças carentes da cidade de Itamaraju.
O 11° Encontro Nacional de Capoeira de Itamaraju, ainda proporcionou várias outras atividades culturais capoeiristas, entre elas foi apresentada a ginga e a celebração da capoeira “Maculelê” que é uma dança, um jogo de bastões remanescentes dos antigos índios cucumbis. Esta “dança de porrete” tem origem Afro-indígina, pois foi trazida dos negros da África para cá e aqui foi mesclada com alguma coisa da cultura dos índios que aqui já viviam. A característica principal desta dança é a batida dos porretes uns contra os outros em determinados trechos da música que é cantada acompanhada pela forte batida do atabaque. Esta batida é feita quando, no final de cada frase da música os dois dançarinos cruzam os porretes batendo-os dois a dois. Os passos da dança se assemelham muito aos do frevo pernambucano, são saltos, agachamentos e cruzadas de pernas. 

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